domingo, 16 de junho de 2019

Floresta de Midgard - Cap 19


Então depois de ler a o papel onde se encontrava o recado e pensar e esperar até o horário previsto, saio do quarto nas pontas dos pés, andando pelos vários corredores, a procura da cozinha. Por sorte vejo a última cozinheira sair ao longe limpando suas mãos molhadas em seu avental, parecendo estar atrasada. Ao ver ela me escondo em uma das colunas do castelo, pois sei que assim que me ver iria prestar serviço, justamente o que não queria naquela hora.

Um pouco nervosa com essa decisão, penso em todas as hipóteses de isso dar muito errado, e eu perder novamente a chance de ver meu amor, olhando para os lados, para cima vejo que o corredor estar vazio, então me apresso  a entrar na cozinha real.

Ao chegar observo como e diferente do Reino antigo, mais só de ver no outro lado a porta com o molho de chaves pendurados, penso em como tudo pode mudar, e a felicidade e empolgação toma conta do meu ser. Meio que saltitando vou em direção da porta e nas tentativas de encontrar a chave, vou tentando e tentando até que por sorte vejo que a que abre tem uma marcação discreta. Quando abro a porta e um vento leve vem em meu encontro, abro um sorriso empolgada de que tudo está dando certo novamente.

Fechando e porta, olho para o sol, que brilha levemente sobre meu rosto, e como indicado sigo a luz do sol entrando na mata fechada. Sem saber para onde ir apenas sigo reto, olhando sempre para traz para ver se tinha alguém me seguindo. “Estou tão longe do castelo” reclamo pensando estar demorando muito, neste exato momento passa em meus ouvidos o barulho de aguas correndo, então vem em minha mente o suposto rio. Olhando para os lados, levanto o vestido pesado da realeza que por sinal está cheio dos picos, e fico de pé em uma pedra que tem visão de quase todo rio, e não vê ninguém.

 Digo meio que sussurrando “ Phyder” Olho para o céu observa que o tempo não mudou. Se agacha e com a mão passando sobre a agua, sente sobre seus dedos a vontade de se banhar “Des que vim para Midgard não tomei um banho de rio” expressando seu desejo olha para os lados e observa que Phyder realmente não vem. Então cantarolando baixinho, retira suas roupas delicadamente, colocando os pezinhos finos nas aguas mornas do rio, se sentando. Com habilidade, faz um coque em seu cabelo e devagar deita sobre as aguas.

Um minutos se passão e a agua que deixa meu corpo mais relaxado, sinto um arrepio quando escuto barulhos de cavalo e logo em seguida passos, olho para traz, e vejo que a roupa esta longe e que o barulho da agua pode atrair ainda mais quem seja para o rio. Procura me esconder dando as costas entre as pedras o mais discreto possível, então escuto um “Perdão mulher! Não sabia que se banhava, volto depois” viro de frente olhando para o homem forte e moreno que se vira, vestido com calça e botas e sem conseguir ver seu rosto digo “Phyder?” observo o mesmo parar, e lentamente se virar, ainda sem jeito por estar nua apenas sorrio para o grande homem que o reconheço, observo Phyder um pouco nervoso porem no calor da emoção retira suas botas e entra na agua com seus lindos olhos vermelhos brilhantes com o reflexo do sol. Emocionada sentindo minhas pernas um pouco tremulas apenas olho para o homem de minha vida se aproximar e com suas mãos fortes me pegar pelos ombros e me beijar. Então ali fazemos amor, deixando a virgindade escorrer pelas águas do rio.

Sentado sobre a pedra ele olhava para min, enquanto me vestia ali perto “Por que mudou a cor de cabelo? Esta acompanhando a moda de sua mãe?” escuto Phyder comentar, e digo “ A cor do meu cabelo era essa, eu apenas dourava por conta de minha mãe, o que me surpreende e que minha mae tenha o mesmo tom de cabelo que o meu, achava que era mais claro, pois meu pai tem cabelo preto. Mais por que demorou tanto para vim?”

Phyder se levanta, um pouco apressado “ hoje estou mais livre das responsabilidades do castelo, mais isso não me transforma em um homem vadio, tenho minhas obrigações”

Sarah “ E que obrigações tem vc Phyder? Não basta eu?”

Observa Phyder sorrir meio sem acreditar e diz “ Como disse, pensei que tinha morrido, ou se casado, muitos boatos apareceram depois que vc sumiu do castelo de Avalon, então arrumei outras coisas para se fazer”

Sarah “ Outras coisas? Vc não é mais aquele guerreiro espada-chim e bom moço que conheci?”

Phyder “ Ainda sou, porém a vida me fez quebrar um pouco de meus princípios”

Sarah: “ Phyder como assim? O que vc esta querendo me dizer??”

Phyder “Ainda e sedo para te contar meu amor” 

Sarah  “Isso não é um adeus não é?”

Phyder “Não, mais saiba que já está no horário, e você tem que voltar para o castelo, e eu tenho que ir para minha casa, antes que anoiteça”

Sarah “Casa?? Não mora no castelo como os outros?” fala enquanto se arruma.

Observe Phyder subir em seu cavalo e e dizer  “ Só fico la quando estou trabalhando para o Rei, nos dias que não trabalho para o rei volto para minha casinha, e cuido de minha pequena horta”
Se vestindo Sarah diz “ Me leve com você”

Phyder comenta antes de sair “ No momento é ariscado fazer isso, porém o reino precisa de você, e você esta ai. Não vou te abandonar, te avisarei quando der para nos ver, até mais meu amor”

Sinto alguma coisa diferente em Phyder, ele parecia estar escondendo alguma coisa, porém era tarde para tentar segui-lo. Olho para traz e correndo volto para o castelo, passando pela cozinha que ainda não tinha vindo ninguém, subo as escadas do castelo com as pernas bambas de fraqueza, já era cinto e meia, só queria trocar de roupa dormir e sonhar.  

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