sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Fugindo da multidão Cap -15


Participação
Eli (sailespy2)



Passaram-se um mês, meu braço já estava bom, o tempo não estava tão frio como a uns dias atraz, estou confusa com tudo que aconteceu antes. Por um momento achei que minha mãe fosse culpada por tudo. E ao mesmo tempo, ela era só mais uma vitima. O vilão por assim dizer, morreu a flechadas e seu corpo queimado junto com seu povoado.

Eu precisava dar um tempo, sai la, sair do castelo. Precisava esclarecer as ideias. Minha mãe saiu para mais uma de suas viagens, ela não vive trancafiada. Os soldados receberam ordens de não sair do castelo. Mais isso me sufoca, não posso viver trancada aqui. Quero ser livre, quero fazer meu destino.

Enquanto penso nessas coisas, sentada escrevendo em meu diário. Vejo Deise entrar e me perguntar se preciso de alguma coisa, pois com o dinheiro que misteriosamente apareceu em sua casa, ela iria viajar para a aldeia de seu pai, pois seu pai pretendia casar ela com um homem de sua confiança.

Sarah “Ira passar quanto tempo?”

Deise “Não sei princesa”

Sarah “Isso é um adeus?”

Deise “Não princesa, iremos voltar, só que eu irei voltar casada.”

Sarah “Mais e a casa de você? Quem vai vigiar?”

Deise “Meu pai contratou um servo muito competente, para ajudar os outros camponeses, vigiar a fazenda. Alias sua mãe a Rainha, colocou mais gente para trabalhar na fazenda.

Sarah “Qual o nome desse servo?”

Deise “Não sei, mais ele se mostrou bem ativo no serviço, pelo que sei ele veio de navio”

Sarah “Ele é batizado no senhor?”

Deise “Eu também não sei princesa”  

Sarah “Esses novos funcionários já vieram conhecer o castelo??”

Deise “Não minha princesa, acredito que sua mãe a Rainha ira pensar em alguma coisa mais tarde.”

Então penso *Isso é bom, novos funcionários, ninguém vai me reconhecer, minha mãe está viajando, e eu preciso da um tempo desse castelo e dessa vida. Estou confusa, quero colocar as ideias no lugar....* Olhando para Deise que ainda fala, aparece uma ideia “Deise!!” atrapalho ela falar “Tive uma ideia e preciso de sua ajuda”

Deise “Diga princesa”

Sarah “Preciso sair do castelo agora!”

Deise “Ma...ma...mas princesa eu vou viajar hoje ainda, não teria como eu ficar aqui em seu quarto, eu já ia me despedir.”

Sarah “Você não vai ficar aqui no quarto, eu vou com você, preciso que vc me ajude a passar pelo portão da muralha.”

Deise “ufa..”

Passando-se uns minutos, Sarah  e Deise passam pela muralha cavalgando em uma carroça. Quando se chega perto da praça escuto Deise dizer “ Sarah! Pode sair!” Então levanto a capa de couro que cobria alguns mantimentos que ela levava de volta para a fazenda pois tinha sobrado. Naquele meio eu estava escondida.

Sarah “O truque da carroça sempre funciona, isso e bom e ruim”

Deise “Por que?”

Sarah “È uma falha na segurança, qualquer pessoa pode entrar e sair se fizer isso, mais acredito que devido vc vim várias vezes ao castelo, elas confiaram em você”

Deise “Não é bem isso princesa, geralmente eles espetam com a espada, ou pedem para tirar a capa. Acredito que isso e destino”

Sarah “ Verdade. Obrigada Deise, e boa viagem para você e sua família.”

Deise “De nada, até”

Vejo ela sair com sua carroça em direção da fazenda. Enquanto me encontro parada, com minha capa preta cobrindo todo meu rosto e vestido, no meio da praça. *Mais uma vez, eu aqui nessa cidade de mistérios* penso.

Olha para uma das barracas que se encontram ali perto “Aqui vende vestidos...deixa eu ver melhor”

Enquanto eu via os vestidos, percebo que tem três homens me vigiando, eles cochicham e apontam discretamente para min, achando que eu não os via por meio dos véus que estavam pendurados sobre a barraca.

Nesse instante procuro por minha espada que carrego em minha cintura, mais não a acho, e isso me causa uma medida de pânico, pois sem uma espada eu era fraca. Olho mais uma vez para aqueles homens que por sinal não eram dessa região, dois deles eram barrigudos, e barbudos, ruivos e sarnentos. Um deles era mais magro porém mais alto e loiro parecia albino. E os três era fortes.

Fico com medo de sair da barraca, mais a dona da barraca, começa desconfiar e abrigar com migo achando que eu estava só enrolando. E de fato estava, pois eu não sabia o que fazer. Olhava para o chão a procura de um pal, uma pedra, mais a cidade estava bem arrumada.

Então crio coragem e meio que sendo expulsa saio da barraca da mulher. Fico gelada ao ver que nesse instante os homens se aproxima puxando uma conversa. Então sem disfarçar demonstro insegurança. E tento correr, mais o homem mais alto me agarra pelo braço e me puxa me levando para um beco. Eu não podia gritar, pois não poderia chamar atenção, e ao mesmo tempo o medo me fez travar. Eu estava sensível, muitas coisas tinham acontecido dez de que pisei nessas terras, e eu estava me recuperando dos traumas, essa era a intenção de sair do castelo. Eu só queria respirar um pouco.

Mais pelo que estava vendo, e não queria acreditar, era que eu iria ser uma vítima de estrupo. Então sem esperança rezei em pensamentos a deus pedindo proteção. E fechei meu olhos molhados de lagrimas.

Então escuto uma voz masculina dizer "Larguem a garota ou sofreram na ponta de minha espada!" Abro enquanto os olhos e vejo um homem segurando uma espada, ela tinha cabelos pretos, seus olhos eram negros, nunca tinha visto uma cor de olhos como aquela. Pois eu vivia rodeada de pessoas com os olhos claros.

Eu escuto os homens, falaram um com o outro em um idioma estranho, o qual eu não tinha estudado nos livros.
E os vejo ir para cima do valente herói de olhos negros. Com um golpe certeiro o valente Herói consegue acertar os três que por sinal estavam desarmados. Assim os vejo fugir pela multidão que começava a se formar ao redor do homem valente.




Logo em pensamentos agradeço a deus, e o vejo se aproximar dizendo “Venha não tenha medo. Eles já foram embora”.

Então o olho em seus olhos, por mais que o herói estivesse a um braço de distância, e sinto meu coração palpitar. Não era medo, não era raiva, era um sentimento novo, que fez minhas pernas bambear por um breve momento.

“O...obrigada se..se..senhor” falo ao herói um pouco gaga. Eu me sentia tímida perto daquele homem.

Herói “Está tudo bem com você? está ferida?"


Sarah responde um pouco corada “N..não! er...eu estou bem”

Nesse instante, meio que volto em sí, e percebo que a pequena multidão estava virando uma grande multidão, todos queriam saber o que tinha acontecido, e conhecer o homem que fez um ato tão heroico. Mais isso me pertuba, pois não era para chamar atenção, eu estava com uma capa preta justamente para passar despercebida, e agora isso. Então de imediato, esqueço o homem e seu ato heroico, lhe dando um leve empurrão, e saindo correndo passando pela multidão, que abria caminho.

Correndo pela floresta, indo em direção a fazendo real penso * Espero que minha espada esteja na carroça da Deise, e espero que ela não tinha viajado...se não como vou ficar sem minha espada?*

Depois de correr por um tempo, paro e olho para traz, vejo que ninguém me segue. Então penso enquanto me escondo atrás de uma arvore * Quem é aquele homem...que olhos...que coragem* Suspiro imaginando aquele rosto.

Então ao fundo escuto uma cantoria, ao procurar seguindo o tom de voz, vejo Suria colhendo ervas, então a surpreendo dizendo “ Ainda pratica atos de bruxaria Suria? Tem que ser mais discreta. Se não quiser queimar na estaca”

Vejo que assustei Suria, que cai sentada “Que susto menina. Você não viu nada em”

Sarah “ E o que te garante que eu não vou contar para a guarda?”

Suria “Por que você gosta de min, você precisa de min ” fala em um tom cantante.

Sarah “Esta muito longe de casa Suria, não é perigoso?”

Suria “ Você também esta, não é? Mais não consegue se virar?”

Sarah “Er... bem, está certa.”  Então me viro e começo a andar, me afastando um pouco, coisa de cinco passos largos.

Suria grita “Pra onde vai menina! Estou te sentindo muito estranha hoje”

Sarah “Vou a fazenda, preciso arejar um pouco” grito de volta.

Suria “Menina! Cuidado está estranha”

Ignorando o que Suria diz, continuo andando por algumas horas até chegar em uma aldeia, perto da fazenda real. Ao chegar na porteira vejo a carroça de Deise em frente de sua casa, noto que a casa já esta fechada. Entro no terreno, e verifico a carroça “Não está aqui, a minha espada” forço a porta que está trancada “eu não acredito que Deise levou minha espada”



Olho ao redor, e vejo roupas no varal, eram roupas masculinas. “parece que alguém tem usado o terreno da mãe da Deise para lavar roupas. Acho que vou voltar ao castelo, ela deve ter enviado para algum soldado que certamente já esta guardando minha espada no Salão Real...Mais não poço dar as caras assim na cidade. O povo vai me cercar e fazer perguntas, vão querer saber da mulher por de traz da capa. Melhor eu ficar por aqui alguns dias, afinal minha mãe ainda não deve ter chegado de viagem.”




Então com uma pedra, de primeira quebra o vidro da janela, e com astucia consegue entrar dentro da casa dos pais de Deise. Ando pela casa e ao me sentar na suposta cama que deduzi ser a de Deise, percebo que a espada estava escondida por debaixo dos lenções “Menina esperta, se ela devolvesse a espada, eles poderiam acusar de ladra, então teria um processo muito grande e lento, e isso com certeza atrapalharia a viagem dela.”

Verifico se tem comida, suficiente, e por sinal tinha para mais ou menos 3 dias, então escuto dois homens conversarem alto. Imediatamente me abaixo, e fico escutando embaixo da janela segurando minha espada. Não intendi nada do que falavam, pois o vento atrapalhou, mais ao olhar pelo vidro da janela quebrada, vi que eles eram da fazenda, pois a suas roupas denunciavam isso. Então olho para o varal e vejo que levaram suas roupas. “Tenho que ficar atenta”
Engatinhando, vou ate a cozinha pego uma maça, e me levantando vou comendo até o quarto da Deise. Como o sol já estava ficando fraco, me viro e durmo.

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