Participação
Eli (sailespy2)
Passaram-se um mês, meu braço já estava bom,
o tempo não estava tão frio como a uns dias atraz, estou confusa com tudo que
aconteceu antes. Por um momento achei que minha mãe fosse culpada por tudo. E ao
mesmo tempo, ela era só mais uma vitima. O vilão por assim dizer, morreu a
flechadas e seu corpo queimado junto com seu povoado.
Eu precisava dar um tempo, sai la, sair do
castelo. Precisava esclarecer as ideias. Minha mãe saiu para mais uma de suas
viagens, ela não vive trancafiada. Os soldados receberam ordens de não sair do
castelo. Mais isso me sufoca, não posso viver trancada aqui. Quero ser livre,
quero fazer meu destino.
Enquanto penso nessas coisas, sentada
escrevendo em meu diário. Vejo Deise entrar e me perguntar se preciso de alguma
coisa, pois com o dinheiro que misteriosamente apareceu em sua casa, ela iria
viajar para a aldeia de seu pai, pois seu pai pretendia casar ela com um homem
de sua confiança.
Sarah “Ira passar quanto tempo?”
Deise “Não sei princesa”
Sarah “Isso é um adeus?”
Deise “Não princesa, iremos voltar, só que eu
irei voltar casada.”
Sarah “Mais e a casa de você? Quem vai
vigiar?”
Deise “Meu pai contratou um servo muito competente,
para ajudar os outros camponeses, vigiar a fazenda. Alias sua mãe a Rainha,
colocou mais gente para trabalhar na fazenda.
Sarah “Qual o nome desse servo?”
Deise “Não sei, mais ele se mostrou bem ativo
no serviço, pelo que sei ele veio de navio”
Sarah “Ele é batizado no senhor?”
Deise “Eu também não sei princesa”
Sarah “Esses novos funcionários já vieram
conhecer o castelo??”
Deise “Não minha princesa, acredito que sua
mãe a Rainha ira pensar em alguma coisa mais tarde.”
Então penso *Isso é bom, novos funcionários, ninguém
vai me reconhecer, minha mãe está viajando, e eu preciso da um tempo desse
castelo e dessa vida. Estou confusa, quero colocar as ideias no lugar....*
Olhando para Deise que ainda fala, aparece uma ideia “Deise!!” atrapalho ela
falar “Tive uma ideia e preciso de sua ajuda”
Deise “Diga princesa”
Sarah “Preciso sair do castelo agora!”
Deise “Ma...ma...mas princesa eu vou viajar
hoje ainda, não teria como eu ficar aqui em seu quarto, eu já ia me despedir.”
Sarah “Você não vai ficar aqui no quarto, eu
vou com você, preciso que vc me ajude a passar pelo portão da muralha.”
Deise “ufa..”
Passando-se uns minutos, Sarah e Deise passam pela muralha cavalgando em uma
carroça. Quando se chega perto da praça escuto Deise dizer “ Sarah! Pode sair!”
Então levanto a capa de couro que cobria alguns mantimentos que ela levava de
volta para a fazenda pois tinha sobrado. Naquele meio eu estava escondida.
Sarah “O truque da carroça sempre funciona,
isso e bom e ruim”
Deise “Por que?”
Sarah “È uma falha na segurança, qualquer
pessoa pode entrar e sair se fizer isso, mais acredito que devido vc vim várias
vezes ao castelo, elas confiaram em você”
Deise “Não é bem isso princesa, geralmente eles
espetam com a espada, ou pedem para tirar a capa. Acredito que isso e destino”
Sarah “ Verdade. Obrigada Deise, e boa viagem
para você e sua família.”
Deise “De nada, até”
Vejo ela sair com sua carroça em direção da
fazenda. Enquanto me encontro parada, com minha capa preta cobrindo todo meu
rosto e vestido, no meio da praça. *Mais uma vez, eu aqui nessa cidade de mistérios*
penso.
Olha para uma das barracas que se encontram
ali perto “Aqui vende vestidos...deixa eu ver melhor”
Enquanto eu via os vestidos, percebo que tem
três homens me vigiando, eles cochicham e apontam discretamente para min,
achando que eu não os via por meio dos véus que estavam pendurados sobre a
barraca.
Nesse instante procuro por minha espada que
carrego em minha cintura, mais não a acho, e isso me causa uma medida de pânico,
pois sem uma espada eu era fraca. Olho mais uma vez para aqueles homens que por
sinal não eram dessa região, dois deles eram barrigudos, e barbudos, ruivos e
sarnentos. Um deles era mais magro porém mais alto e loiro parecia albino. E os
três era fortes.
Fico com medo de sair da barraca, mais a dona
da barraca, começa desconfiar e abrigar com migo achando que eu estava só
enrolando. E de fato estava, pois eu não sabia o que fazer. Olhava para o chão
a procura de um pal, uma pedra, mais a cidade estava bem arrumada.
Então crio coragem e meio que sendo expulsa saio
da barraca da mulher. Fico gelada ao ver que nesse instante os homens se
aproxima puxando uma conversa. Então sem disfarçar demonstro insegurança. E tento
correr, mais o homem mais alto me agarra pelo braço e me puxa me levando para
um beco. Eu não podia gritar, pois não poderia chamar atenção, e ao mesmo tempo
o medo me fez travar. Eu estava sensível, muitas coisas tinham acontecido dez
de que pisei nessas terras, e eu estava me recuperando dos traumas, essa era a
intenção de sair do castelo. Eu só queria respirar um pouco.
Mais pelo que estava vendo, e não queria acreditar,
era que eu iria ser uma vítima de estrupo. Então sem esperança rezei em
pensamentos a deus pedindo proteção. E fechei meu olhos molhados de lagrimas.
Então escuto uma voz masculina dizer "Larguem
a garota ou sofreram na ponta de minha espada!" Abro enquanto os olhos e
vejo um homem segurando uma espada, ela tinha cabelos pretos, seus olhos eram
negros, nunca tinha visto uma cor de olhos como aquela. Pois eu vivia rodeada
de pessoas com os olhos claros.
Eu escuto os homens, falaram um com o outro
em um idioma estranho, o qual eu não tinha estudado nos livros.
E os vejo ir para cima do valente herói de
olhos negros. Com um golpe certeiro o valente Herói consegue acertar os três
que por sinal estavam desarmados. Assim os vejo fugir pela multidão que
começava a se formar ao redor do homem valente.
Logo em pensamentos agradeço a deus, e o vejo
se aproximar dizendo “Venha não tenha medo. Eles já foram embora”.
Então o olho em seus olhos, por mais que o herói
estivesse a um braço de distância, e sinto meu coração palpitar. Não era medo,
não era raiva, era um sentimento novo, que fez minhas pernas bambear por um
breve momento.
“O...obrigada se..se..senhor” falo ao herói um
pouco gaga. Eu me sentia tímida perto daquele homem.
Herói “Está tudo bem com você? está ferida?"
Sarah responde um pouco corada “N..não!
er...eu estou bem”
Nesse instante, meio que volto em sí, e
percebo que a pequena multidão estava virando uma grande multidão, todos
queriam saber o que tinha acontecido, e conhecer o homem que fez um ato tão
heroico. Mais isso me pertuba, pois não era para chamar atenção, eu estava com
uma capa preta justamente para passar despercebida, e agora isso. Então de
imediato, esqueço o homem e seu ato heroico, lhe dando um leve empurrão, e
saindo correndo passando pela multidão, que abria caminho.
Correndo pela floresta, indo em direção a
fazendo real penso * Espero que minha espada esteja na carroça da Deise, e
espero que ela não tinha viajado...se não como vou ficar sem minha espada?*
Depois de correr por um tempo, paro e olho
para traz, vejo que ninguém me segue. Então penso enquanto me escondo atrás de
uma arvore * Quem é aquele homem...que olhos...que coragem* Suspiro imaginando
aquele rosto.
Então ao fundo escuto uma cantoria, ao
procurar seguindo o tom de voz, vejo Suria colhendo ervas, então a surpreendo
dizendo “ Ainda pratica atos de bruxaria Suria? Tem que ser mais discreta. Se
não quiser queimar na estaca”
Vejo que assustei Suria, que cai sentada “Que
susto menina. Você não viu nada em”
Sarah “ E o que te garante que eu não vou
contar para a guarda?”
Suria “Por que você gosta de min, você precisa
de min ” fala em um tom cantante.
Sarah “Esta muito longe de casa Suria, não é
perigoso?”
Suria “ Você também esta, não é? Mais não
consegue se virar?”
Sarah “Er... bem, está certa.” Então me viro e começo a andar, me afastando
um pouco, coisa de cinco passos largos.
Suria grita “Pra onde vai menina! Estou te
sentindo muito estranha hoje”
Sarah “Vou a fazenda, preciso arejar um pouco”
grito de volta.
Suria “Menina! Cuidado está estranha”
Ignorando o que Suria diz, continuo andando
por algumas horas até chegar em uma aldeia, perto da fazenda real. Ao chegar na
porteira vejo a carroça de Deise em frente de sua casa, noto que a casa já esta
fechada. Entro no terreno, e verifico a carroça “Não está aqui, a minha espada”
forço a porta que está trancada “eu não acredito que Deise levou minha espada”
Olho ao redor, e vejo roupas no varal, eram
roupas masculinas. “parece que alguém tem usado o terreno da mãe da Deise para
lavar roupas. Acho que vou voltar ao castelo, ela deve ter enviado para algum soldado
que certamente já esta guardando minha espada no Salão Real...Mais não poço dar
as caras assim na cidade. O povo vai me cercar e fazer perguntas, vão querer
saber da mulher por de traz da capa. Melhor eu ficar por aqui alguns dias,
afinal minha mãe ainda não deve ter chegado de viagem.”
Então com uma pedra, de primeira quebra o
vidro da janela, e com astucia consegue entrar dentro da casa dos pais de
Deise. Ando pela casa e ao me sentar na suposta cama que deduzi ser a de Deise,
percebo que a espada estava escondida por debaixo dos lenções “Menina esperta,
se ela devolvesse a espada, eles poderiam acusar de ladra, então teria um processo
muito grande e lento, e isso com certeza atrapalharia a viagem dela.”
Verifico se tem comida, suficiente, e por
sinal tinha para mais ou menos 3 dias, então escuto dois homens conversarem
alto. Imediatamente me abaixo, e fico escutando embaixo da janela segurando minha
espada. Não intendi nada do que falavam, pois o vento atrapalhou, mais ao olhar
pelo vidro da janela quebrada, vi que eles eram da fazenda, pois a suas roupas
denunciavam isso. Então olho para o varal e vejo que levaram suas roupas. “Tenho
que ficar atenta”
Engatinhando, vou ate a cozinha pego uma
maça, e me levantando vou comendo até o quarto da Deise. Como o sol já estava
ficando fraco, me viro e durmo.
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