Participação
murielen.yuhara : Mulher de azul/Cibelle
Me acordo fazendo as coisas rotineiras, no
meio da manhã, consigo uma oportunidade de sair do castelo disfarçada. Com meu
cavalo branco e minha longa capa preta corro com o cavalo em direção daquela
aldeia nova que tinha visto. Enquanto corro com o cavalo penso em encontrar
Súria e lhe fazer perguntas. “Preciso conhecer mais sobre esse povoado, será
que minha mãe estão sabendo da localização desse povo em minhas terras? Como
eles chegaram aqui? Por que tem tanta raiva da realeza?”
Passando pela floresta observa uma mulher distraída,
aparentemente pegando ervas “Saudações senhora”. Observa que realmente a mulher
de azul estava distraída então fala com um tom mais firme e alto “EEI! SENHORA!”
Vejo que a mulher se assusta, parecia está
fazendo alguma coisa muito séria, ou escondida mais escuto sua voz tremula
dizer “Oi pois não?”
Vejo a mesma se dirigir a min com sua
cabeça e rosto cobertos, com um pano azul, a cor de seu vestido. Parecia
combinar, então me pergunto se essa de fato é uma camponesa ou uma mulher da
Nobreza pois suas roupas se encontram em bom estado. Mais vejo em sua mão sujas
de barro e areia, ervas então lhe pergunto “ O que faz ai?? Não tem medo de
algum mal acontecer?? Alias o que esta fazendo??”
Mulher de Azul “Apenas colhendo algumas
ervas”
Tento ver o rosto da mulher, e ao ver que
a mesma ainda continua a se abaixar para colher ervas, nota alguns fios ruivos
como fogo, saírem dentro dos panos que cobrem seu rosto. No entanto não peço
para revelar o seu rosto, pois ela poderia pedir o mesmo para min e eu não iria
fazer isso. “Qual o seu nome mulher?” digo a mulher de azul.
Mulher de azul “Meu nome? ...Me chamo Cibelle
, e o seu como se chama?” Ela diz retirando a capa que cobre seu rosto.
Sarah “Meu nome é Maria.” Nesse estante escuta o
sino da igreja tocar e faz uma reverencia ao Senhor Deus brevemente como os
costumes avalonense. Mais ao olhar para a mulher, que não faz a mesma
reverencia escuta ela dizer “Nossa! Que barulho!”
Isso me deixa confusa, “será uma
estrangeira?? pois todos os dias o sino toca e ela ainda não se acostumou? Aliás
dês do dia que pisei aqui não fui a igreja, tenho que priorizar isso” enquanto
penso nessas coisas memorizo seu rosto,
No entanto vejo que a mulher não responde
a minhas perguntas, e finge de desentendida voltando para seu lugar e pegando
um sexto cheio de ervas “Pra que precisa de tantas ervas??” Pergunto
Vejo Cibelle um pouco estranha dizer “ Por que
tantas perguntas Maria? Acha que vou me abrir com uma estranha?”
Sarah “ Me desculpe Senhora Cibelle,
apenas achei estranho uma mulher sozinha no meio da mata, catando ervas.”
Cibelle “ Não e nada de mais, só plantei
minhas ervas aqui por que elas estão fora da trilha que leva a aldeia, isso é
tempero”
Sarah “Interessante, então vc mora naquela
aldeia? Que tipo de festa era aquela de ontem?”
Vejo Cibelle procurar palavrar para dizer então desconfio que ela esta mentindo. E digo “Seu nome é mesmo Cibelle?” Vejo que ela sem argumento algum correr de min indo em direção a floresta. Então fico olhando ela correr, mais sem intender “Talvez ela foi pegar mais um sexto, ou fazer xixi” pensava. Mais quando me dei conta ela não voltou. Com meu cavalo descido ir atraz da mulher, mais a perco de vista.
Voltando para a tal plantação de ervas, me
abaixo e vejo que era uma erva comum, mais penso “ O que mais da para fazer com
essa erva? Vou procurar saber.” Guarda uma muda no bouço da capa preta. E decide
voltar a cidade para pedir informação sobre a tal erva “ Preciso encontrar um
mercador que pode me informar mais sobre isso” pensa enquanto vai galopando em
eu cavalo branco.
Chego no centro da cidade, estou na feira,
vejo que barracas com produtos naturais, sextos artesanais, leite e entre outras
coisas. No canto da feira vejo uma barraca de uma senhora que vende ervas secas
para chá. Desço do cavalo branco o puxo até a barraca. “ Saudações senhora! Por
acaso vc vende essa erva?” mostro a erva tirada do bolso da capa preta.
Senhora pega a erva, cheira analisa, come
um pedaço e diz em uma voz tremula
devido a idade “Sim, eu tenho muitas, mais para que vc quer?”
Sarah sussurra, usando a esperteza “ Uma
amiga disse que ela é boa para trazer meu amor em 7 dias”
Escuto a Senhora dar gargalhadas e dizer “
Só se for por um bom tempero”
Sarah sem graça diz “ Er... então me
devolva a erva, vou conversar com essa minha amiga”
Senhora “Calma jovem, pra que tanta pressa?”
Vejo a senhora se aproximar e me dizer baixo “Tem interesse sobre essas coisas?”
Sarah “Sim, mais pelo o que você disso devo ter procurado a pessoa errada”
Senhora “Quem é sua amiga??”
Sarah “Ela pediu para não dizer o nome
dela, por que pode ser perigoso”
Senhora “ Pode confiar em min, preciso de
um ponto de referencia”
Sarah “ Cibelle, conhece?”
Senhora “ Hmmmm...não conheço ela é de Avalon?”
Sarah “Não ela e da aldeia que...”
Senhora “Shh, não precisa dizer, não quero
chamar atenção. Então, essa erva não serva para trazer seu amor em 7 dias, ela
serva para outra coisa, mais se quer realmente trazer seu amor em 7 dias eu
posso dar um jeito.”
Sarah “Como?”
Senhora “Primeira vc terá que me pagar 20
moedas de ouro minha jovem, não é assim tão simples”
Sarah “Não tenho 20 moedas agora, não posso
pagar depois?”
Senhora “Não! Se não tem moedas nada
feito! Chô chô!”
Sarah “ Ok vou trazer o dinheiro, vc
sempre fica por aqui?”
Senhora “O destino dirá, porém vc sabe
onde me encontrar”
Me afastando daquela barraca, monto em meu
cavalo e vou a biblioteca da cidade, perto do porto. Ao entrar vejo uma
camponesa pomposa dizer “ Saudações senhor??”
Sarah “ Saudações! Procuro livros para
pesquisa”
Bibliotecária: “ Sim, senhora. Desculpe, e que essa capa...em fim, Hmmm que
tipo de livros??”
Sarah “Ervas medicinais, cultivação,
agricultura, mitos, lendas”
Bibliotecária: “ Nossa! Muita coisa não
acha??”
Olho serio para a mulher e digo “ Não"
Observo a mulher correr procurando os
livros, e colocar pouco a pouco sobre a mesa, enquanto procuro nos livros alguma
coisa sobre Ervas ou Bruxas pois a desconfiança e muita, e no convento eu me lembrava
que tinha um livro que falava sobre o ocorrido de bruxas. Passando o olho no
livro vejo a figura de uma erva, a qual não conhecia mais se parecia com uma
que vi na barraca da senhora.
Ao ver o escrito, regalo os olhos e vejo
que a possibilidade de ter bruxas no reino de Avalon. Então procuro o livro que
fala sobre mitos e lendas. E ao ler a parte que se caracterizava como “criaturas
místicas” isso fortaleceu a ideia de que
realmente existissem bruxas em Avalon, mais no pé da pagina disse :
“Por mais real que tudo isso seja, não se
encontra provas exatas que provem que as bruxas existem de verdade. Ou simplesmente
e uma ideia fictícia de um livro de conto”
Coço minha cabeça, e penso “Se já existe
um vilarejo, e sinal que eles estão aqui a um bom tempo, porém eles não gostão
da realeza... isso não encaixa, será que são batizados? O padre da cidade sabe
sobre isso? Vou relatar para minha mãe essa história.” Me despido da bibliotecária,
e saio em direção ao castelo, no caminho observo que a barraca da senhora não
estava mais aberta. “Tenho certeza que vc é bruxa, e vc sabe que eu sei , por
isso fugiu. Não posso denuncia-la, tenho que pega-la no ato, e tenho que ter um
aliado com migo, pois sozinha não tenho forças.”
Entrando no castelo sem problemas, vou ate
o quarto e me troco pensando “ Estou em um beco sem saída, sei de bruxas na
cidade porém não posso fazer nada a respeito.” Ando até o salão real, e digo de
modo direto “ Mãe! Preciso conversar com vc!”
Rainha Ayesha “Filha eu estou resolvendo
um caso, pode esperar??”
Sarah “ Não mãe! É importante!!”
Vejo minha mãe fazer um sinal para os guardas
acompanharem os cidadãos ate a saída do pátio e então olhando para min com um sorriso
no rosto diz “ Diga minha princesa”
Sarah “ Mãe! A possibilidades de ter
bruxas na cidade de Avalon?”
Vejo minha mae ficar pensativa e dizer “Er..sim,
talvez, recebemos muitos povos de fora, mais por que diz isso? Por acaso ficou
com medo de alguma lenda?”
Sarah “Não mãe! Eu..E se... e se bruxas
existirem, não seria perigoso para o nosso reino??”
Ayesha “ Filha, olha... esse negócio de
bruxa não existe, e se existe não nos fez mal. Eu te peço por favor, na próxima
vez, não me atrapalhe para falar sobre coisas bobas, o que sua mãe faz e muito sério,
envolve vidas minhas filha, ser rainha e uma responsabilidade muito grande.”
Eu fico olhando para minha mãe um pouco indignada,
por ela ainda me tratar como fosse um bebe de um ano de idade, e ao mesmo tempo
sem poder dizer a ela o que eu vi, pois sai as escondidas. Mantendo a calma
digo “ Queria ver o padre”
Vejo minha mae estalar os dedos e chamar
seu escudeiro, um homem forte, moreno, seu cabelo e barba era castanho claro e
seus olhos verdes que brilhava com reflexo da luz. “ Dam, vá ao centro da
cidade e traga para minha filha um
padre! Ela com certeza precisa de orientações, pois esta com medo de bruxas. E
avise os soldados que podem mandar entrar os convidados, para continuar nossos
assuntos, a Sarah ira esperar o padre na Biblioteca Real.”
Escutando tudo o que a minha mãe disse, agradeço
e espero o padre na biblioteca do Reino.
Minutos se passaram e vejo o padre
aparentemente de meia idade, calvo, abrir a porta da biblioteca dizendo “Saudações
majestade em que poço ajuda-la?”
Sarah “Saudações! Sente-se! Quero respostas”
Padre “ Diga, cometeu algum pecado?? Tem dúvidas
dos ensinos da igreja?”
Sarah “ Nâo, não é isso! Quero saber sobre bruxas” observo o padre
regalar os olhos, ele me parece incomodado, ao dizer “ por quer saber desse
assunto tão delicado majestade??”
Sarah “ Por que tenho certeza de que vi
bruxas pelo Reino”
Padre “Elas estavam fazendo bruxarias?”
Sarah “Não”
Padre “Então como sabe que elas são
bruxas??”
Sarah “Não conte para ninguém padre, o que
vou te dizer”
Padre “Vejo que vc quer confessar um
pecado, pois bem pode me dizer”
Sarah “Eu sai do castelo disfarçada, e fui
sem querer por ironia do destino para uma floresta, e la eu vi uma mulher
vestida de azul, a roupa dela era uma roupa nova, boa, pensei que fosse da
realeza, mais quando perguntei qual era seu o motivo dela esta ali ela
simplesmente me enrolou e correu.
Padre “ Você viu o que ela estava fazendo?”
Sarah “Sim padre, ela estava colhendo
ervas, e dizia que era tempero, eu vi que as ervas estavam em fileiras, ou seja
alguém plantou ali, mais não foi ela pois ela reclamou do sino tocando, todos os abitantes daqui ja são familiarizados com o sino da igreja”
Padre “isso e muito estranho minha filha.
As bruxas tem costumes de cultivar muitas ervas para usar em suas magias. E
como aqui e um lugar de comercio, vem gente de todo tipo vender e comprar aqui, mais isso não prova que ela seja uma bruxa”
Sarah "Então há possibilidade de ter
bruxas aqui??Não e um mito?”
Padre “Sim! e elas existem! Mais
diferentes dos livros, elas não são aquelas mulheres feias, fedorentas, que vivem
em situações precárias. Elas podem estar em qualquer lugar
inclusive, se passar por cristãs.
Sarah “Por que isso??”
Padre “ Filha, eu na minha idade já vi
muita coisa acontecer na igreja! Inclusive antes de vim pra ka isso era uns
anos atrás quando eu estava me preparando para ser padre. Ajudei um Padre da
igreja que e amigo meu a pregar a salvação para uma aldeia isolada, em outro
estado. O que não sabíamos e que era uma aldeia de Bruxas.
Sarah “ E o que aconteceu Padre?”
Padre “ O que era de se esperar das
bruxas, elas não gostaram do que pregamos, e junto com seus maridos, eles nos
atacaram e mataram 3 de nossos companheiros.”
Sarah “ NOOOSA!”
Padre “ Então tivemos que tomar medidas drásticas,
organizamos uma multidão e fomos la com nossas armas, e em nome do Senhor
conseguimos matar muitos daqueles incrédulos satânicos, que não aceitaram
cristo.”
Sarah “ Como vcs fizeram isso”
Padre “ Vimos que alguns conseguiram fugir
de barco logo no começo do nosso ataque, mais a maioria morreram e espada, e os
que sobraram, queimamos na praça publica junto com seus livros de feitiçarias,
todos na cidade viram o que acontece quando não serve ao Senhor deus”
Sarah “Então padre! Vc sabe do que to
falando, por que não falar isso com minha mae e organizar uma obra do senhor
deus la? Assim poderá tira essa sisma, e como o senhor mesmo falou, se esse podo não gosta de cristãos, ele não podem ficar aqui, pois somos um povo de acredita em Cristo."
Padre “ Sim minha filha, posso sim mais
quero saber onde é essa aldeia”
Sarah “Sim falo agora” me levanto e pego
um papel e começo a desenhar um mapa para o padre. “ Quando for aprovado me
fale quero saber das noticias da igreja”
Antes do padre sair da biblioteca, o mesmo passa umas rezas para eu fazer, antes de dormir e para pagar meu pecados, e logo em
seguida vou para o quarto pois já esta escurecendo.
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