terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Mulher desaparece em BOSQUE - Cap 3



Participação
murielen.yuhara : Mulher de azul/Cibelle

Me acordo fazendo as coisas rotineiras, no meio da manhã, consigo uma oportunidade de sair do castelo disfarçada. Com meu cavalo branco e minha longa capa preta corro com o cavalo em direção daquela aldeia nova que tinha visto. Enquanto corro com o cavalo penso em encontrar Súria e lhe fazer perguntas. “Preciso conhecer mais sobre esse povoado, será que minha mãe estão sabendo da localização desse povo em minhas terras? Como eles chegaram aqui? Por que tem tanta raiva da realeza?”

Passando pela floresta observa uma mulher distraída, aparentemente pegando ervas “Saudações senhora”. Observa que realmente a mulher de azul estava distraída então fala com um tom mais firme e alto “EEI! SENHORA!”

Vejo que a mulher se assusta, parecia está fazendo alguma coisa muito séria, ou escondida mais escuto sua voz tremula dizer “Oi pois não?”


Vejo a mesma se dirigir a min com sua cabeça e rosto cobertos, com um pano azul, a cor de seu vestido. Parecia combinar, então me pergunto se essa de fato é uma camponesa ou uma mulher da Nobreza pois suas roupas se encontram em bom estado. Mais vejo em sua mão sujas de barro e areia, ervas então lhe pergunto “ O que faz ai?? Não tem medo de algum mal acontecer?? Alias o que esta fazendo??”


Mulher de Azul “Apenas colhendo algumas ervas”

Tento ver o rosto da mulher, e ao ver que a mesma ainda continua a se abaixar para colher ervas, nota alguns fios ruivos como fogo, saírem dentro dos panos que cobrem seu rosto. No entanto não peço para revelar o seu rosto, pois ela poderia pedir o mesmo para min e eu não iria fazer isso. “Qual o seu nome mulher?” digo a mulher de azul.


Mulher de azul “Meu nome? ...Me chamo Cibelle , e o seu como se chama?” Ela diz retirando a capa que cobre seu rosto.
Sarah  “Meu nome é Maria.” Nesse estante escuta o sino da igreja tocar e faz uma reverencia ao Senhor Deus brevemente como os costumes avalonense. Mais ao olhar para a mulher, que não faz a mesma reverencia escuta ela dizer “Nossa! Que barulho!”
Isso me deixa confusa, “será uma estrangeira?? pois todos os dias o sino toca e ela ainda não se acostumou? Aliás dês do dia que pisei aqui não fui a igreja, tenho que priorizar isso” enquanto penso nessas coisas memorizo seu rosto,
No entanto vejo que a mulher não responde a minhas perguntas, e finge de desentendida voltando para seu lugar e pegando um sexto cheio de ervas “Pra que precisa de tantas ervas??” Pergunto

 Vejo Cibelle um pouco estranha dizer “ Por que tantas perguntas Maria? Acha que vou me abrir com uma estranha?”

Sarah “ Me desculpe Senhora Cibelle, apenas achei estranho uma mulher sozinha no meio da mata, catando ervas.”

Cibelle “ Não e nada de mais, só plantei minhas ervas aqui por que elas estão fora da trilha que leva a aldeia, isso é tempero”

Sarah “Interessante, então vc mora naquela aldeia? Que tipo de festa era aquela de ontem?”

Vejo Cibelle procurar palavrar para dizer então desconfio que ela esta mentindo. E digo “Seu nome é mesmo Cibelle?” Vejo que ela sem argumento algum correr de min indo em direção a floresta. Então fico olhando ela correr, mais sem intender “Talvez ela foi pegar mais um sexto, ou fazer xixi” pensava. Mais quando me dei conta ela não voltou. Com meu cavalo descido ir atraz da mulher, mais a perco de vista.

Voltando para a tal plantação de ervas, me abaixo e vejo que era uma erva comum, mais penso “ O que mais da para fazer com essa erva? Vou procurar saber.” Guarda uma muda no bouço da capa preta. E decide voltar a cidade para pedir informação sobre a tal erva “ Preciso encontrar um mercador que pode me informar mais sobre isso” pensa enquanto vai galopando em eu cavalo branco.





Chego no centro da cidade, estou na feira, vejo que barracas com produtos naturais, sextos artesanais, leite e entre outras coisas. No canto da feira vejo uma barraca de uma senhora que vende ervas secas para chá. Desço do cavalo branco o puxo até a barraca. “ Saudações senhora! Por acaso vc vende essa erva?” mostro a erva tirada do bolso da capa preta.



Senhora pega a erva, cheira analisa, come um pedaço e diz  em uma voz tremula devido a idade “Sim, eu tenho muitas, mais para que vc quer?”


Sarah sussurra, usando a esperteza “ Uma amiga disse que ela é boa para trazer meu amor em 7 dias”

Escuto a Senhora dar gargalhadas e dizer “ Só se for por um bom tempero”

Sarah sem graça diz “ Er... então me devolva a erva, vou conversar com essa minha amiga”

Senhora “Calma jovem, pra que tanta pressa?” Vejo a senhora  se aproximar e me dizer  baixo “Tem interesse sobre essas coisas?”

Sarah “Sim, mais pelo o que você disso devo ter procurado a pessoa errada”

Senhora “Quem é sua amiga??”

Sarah “Ela pediu para não dizer o nome dela, por que pode ser perigoso”

Senhora “ Pode confiar em min, preciso de um ponto de referencia”

Sarah “ Cibelle, conhece?”

Senhora “ Hmmmm...não conheço ela é de Avalon?”

Sarah “Não ela e da aldeia que...”

Senhora “Shh, não precisa dizer, não quero chamar atenção. Então, essa erva não serva para trazer seu amor em 7 dias, ela serva para outra coisa, mais se quer realmente trazer seu amor em 7 dias eu posso dar um jeito.”

Sarah “Como?”

Senhora “Primeira vc terá que me pagar 20 moedas de ouro minha jovem, não é assim tão simples”

Sarah “Não tenho 20 moedas agora, não posso pagar depois?”

Senhora “Não! Se não tem moedas nada feito! Chô chô!”

Sarah “ Ok vou trazer o dinheiro, vc sempre fica por aqui?”

Senhora “O destino dirá, porém vc sabe onde me encontrar”

Me afastando daquela barraca, monto em meu cavalo e vou a biblioteca da cidade, perto do porto. Ao entrar vejo uma camponesa pomposa dizer “ Saudações senhor??”

Sarah “ Saudações! Procuro livros para pesquisa”

Bibliotecária: “ Sim, senhora. Desculpe, e que essa capa...em fim, Hmmm que tipo de livros??”

Sarah “Ervas medicinais, cultivação, agricultura, mitos, lendas”

Bibliotecária: “ Nossa! Muita coisa não acha??”

Olho serio para a mulher e digo “ Não"

Observo a mulher correr procurando os livros, e colocar pouco a pouco sobre a mesa, enquanto procuro nos livros alguma coisa sobre Ervas ou Bruxas pois a desconfiança e muita, e no convento eu me lembrava que tinha um livro que falava sobre o ocorrido de bruxas. Passando o olho no livro vejo a figura de uma erva, a qual não conhecia mais se parecia com uma que vi na barraca da senhora.

Ao ver o escrito, regalo os olhos e vejo que a possibilidade de ter bruxas no reino de Avalon. Então procuro o livro que fala sobre mitos e lendas. E ao ler a parte que se caracterizava como “criaturas místicas”  isso fortaleceu a ideia de que realmente existissem bruxas em Avalon, mais no pé da pagina disse :

“Por mais real que tudo isso seja, não se encontra provas exatas que provem que as bruxas existem de verdade. Ou simplesmente e uma ideia fictícia de um livro de conto”

Coço minha cabeça, e penso “Se já existe um vilarejo, e sinal que eles estão aqui a um bom tempo, porém eles não gostão da realeza... isso não encaixa, será que são batizados? O padre da cidade sabe sobre isso? Vou relatar para minha mãe essa história.” Me despido da bibliotecária, e saio em direção ao castelo, no caminho observo que a barraca da senhora não estava mais aberta. “Tenho certeza que vc é bruxa, e vc sabe que eu sei , por isso fugiu. Não posso denuncia-la, tenho que pega-la no ato, e tenho que ter um aliado com migo, pois sozinha não tenho forças.”

Entrando no castelo sem problemas, vou ate o quarto e me troco pensando “ Estou em um beco sem saída, sei de bruxas na cidade porém não posso fazer nada a respeito.” Ando até o salão real, e digo de modo direto “ Mãe! Preciso conversar com vc!”

Rainha Ayesha “Filha eu estou resolvendo um caso, pode esperar??”

Sarah “ Não mãe! É importante!!”

Vejo minha mãe fazer um sinal para os guardas acompanharem os cidadãos ate a saída do pátio e então olhando para min com um sorriso no rosto diz “ Diga minha princesa”

Sarah “ Mãe! A possibilidades de ter bruxas na cidade de Avalon?”

Vejo minha mae ficar pensativa e dizer “Er..sim, talvez, recebemos muitos povos de fora, mais por que diz isso? Por acaso ficou com medo de alguma lenda?”

Sarah “Não mãe! Eu..E se... e se bruxas existirem, não seria perigoso para o nosso reino??”

Ayesha “ Filha, olha... esse negócio de bruxa não existe, e se existe não nos fez mal. Eu te peço por favor, na próxima vez, não me atrapalhe para falar sobre coisas bobas, o que sua mãe faz e muito sério, envolve vidas minhas filha, ser rainha e uma responsabilidade muito grande.”

Eu fico olhando para minha mãe um pouco indignada, por ela ainda me tratar como fosse um bebe de um ano de idade, e ao mesmo tempo sem poder dizer a ela o que eu vi, pois sai as escondidas. Mantendo a calma digo “ Queria ver o padre”

Vejo minha mae estalar os dedos e chamar seu escudeiro, um homem forte, moreno, seu cabelo e barba era castanho claro e seus olhos verdes que brilhava com reflexo da luz. “ Dam, vá ao centro da cidade e traga para minha filha  um padre! Ela com certeza precisa de orientações, pois esta com medo de bruxas. E avise os soldados que podem mandar entrar os convidados, para continuar nossos assuntos, a Sarah ira esperar o padre na Biblioteca Real.”

Escutando tudo o que a minha mãe disse, agradeço e espero o padre na biblioteca do Reino.


Minutos se passaram e vejo o padre aparentemente de meia idade, calvo, abrir a porta da biblioteca dizendo “Saudações majestade em que poço ajuda-la?”

Sarah “Saudações! Sente-se! Quero respostas”

Padre “ Diga, cometeu algum pecado?? Tem dúvidas dos ensinos da igreja?”

Sarah “ Nâo, não é isso!  Quero saber sobre bruxas” observo o padre regalar os olhos, ele me parece incomodado, ao dizer “ por quer saber desse assunto tão delicado majestade??”

Sarah “ Por que tenho certeza de que vi bruxas pelo Reino”

Padre “Elas estavam fazendo bruxarias?”

Sarah “Não”

Padre “Então como sabe que elas são bruxas??”

Sarah “Não conte para ninguém padre, o que vou te dizer”

Padre “Vejo que vc quer confessar um pecado, pois bem pode me dizer”

Sarah “Eu sai do castelo disfarçada, e fui sem querer por ironia do destino para uma floresta, e la eu vi uma mulher vestida de azul, a roupa dela era uma roupa nova, boa, pensei que fosse da realeza, mais quando perguntei qual era seu o motivo dela esta ali ela simplesmente me enrolou e correu.

Padre “ Você viu o que ela estava fazendo?”

Sarah “Sim padre, ela estava colhendo ervas, e dizia que era tempero, eu vi que as ervas estavam em fileiras, ou seja alguém plantou ali, mais não foi ela pois ela reclamou do sino tocando, todos os abitantes daqui ja são familiarizados com o sino da igreja”

Padre “isso e muito estranho minha filha. As bruxas tem costumes de cultivar muitas ervas para usar em suas magias. E como aqui e um lugar de comercio, vem gente de todo tipo vender e comprar aqui, mais isso não prova que ela seja uma bruxa”

Sarah "Então há possibilidade de ter bruxas aqui??Não e um mito?”

Padre “Sim! e elas existem! Mais diferentes dos livros, elas não são aquelas mulheres feias, fedorentas, que vivem em situações precárias. Elas podem estar em qualquer lugar inclusive, se passar por cristãs.

Sarah “Por que isso??”

Padre “ Filha, eu na minha idade já vi muita coisa acontecer na igreja! Inclusive antes de vim pra ka isso era uns anos atrás quando eu estava me preparando para ser padre. Ajudei um Padre da igreja que e amigo meu a pregar a salvação para uma aldeia isolada, em outro estado. O que não sabíamos e que era uma aldeia de Bruxas.

Sarah “ E o que aconteceu Padre?”

Padre “ O que era de se esperar das bruxas, elas não gostaram do que pregamos, e junto com seus maridos, eles nos atacaram e mataram 3 de nossos companheiros.”

Sarah “ NOOOSA!”

Padre “ Então tivemos que tomar medidas drásticas, organizamos uma multidão e fomos la com nossas armas, e em nome do Senhor conseguimos matar muitos daqueles incrédulos satânicos, que não aceitaram cristo.”

Sarah “ Como vcs fizeram isso”

Padre “ Vimos que alguns conseguiram fugir de barco logo no começo do nosso ataque, mais a maioria morreram e espada, e os que sobraram, queimamos na praça publica junto com seus livros de feitiçarias, todos na cidade viram o que acontece quando não serve ao Senhor deus”

Sarah “Então padre! Vc sabe do que to falando, por que não falar isso com minha mae e organizar uma obra do senhor deus la? Assim poderá tira essa sisma, e como o senhor mesmo falou, se esse podo não gosta de cristãos, ele não podem ficar aqui, pois somos um povo de acredita em Cristo." 

Padre “ Sim minha filha, posso sim mais quero saber onde é essa aldeia”

Sarah “Sim falo agora” me levanto e pego um papel e começo a desenhar um mapa para o padre. “ Quando for aprovado me fale quero saber das noticias da igreja”


Antes do padre sair da biblioteca, o mesmo passa umas rezas para eu fazer, antes de dormir e para pagar meu pecados, e logo em seguida vou para o quarto pois já esta escurecendo.


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