domingo, 13 de janeiro de 2019

PRINCESA DISFARÇADA - Cap 2

Participação
assussena2017 – Mulher Negra / Súria
violet983 - Estranha/ Violet

Depois de terminas meus afazeres reais, e as aulas de arte percebe que o castelo esta um pouco parado “Aonde foi todo mundo?” pensa. “OOOOOOOI?!” Grita ouvindo um vasto eco.
Desconfiada ando até o pátio do castelo sim o pátio real, mais não encontro rostos conhecidos. O pátio tinha poucas pessoas, e como a maioria não me conhecia muito bem penso em uma travessura, porem se lembra do que sua mãe falou quando foi te visitar uma das vezes la no convento “Sarah minha filha, quando voltar para Avalon, e eu não estiver presente para te fazer companhia, não saia de casa, pois e muito perigoso fora do castelo, principalmente sair sozinha, a cidade de Avalon esta muito diferente”
E agora? Não queria desapontar minha mãe, mais ao mesmo tempo queria conhecer aquele lugar, ainda mais, eu sabia me defender, no convento fui treinada pra isso, porém não quero chamar atenção “Hmmm acho que tenho um capuz preto que vai me ajudar”  digo pra min mesma voltando ao meu quarto.
O Capuz que eu tenho, cobre o rosto deixando apenas a metade da boca e o queixo a mostra, ele e longo e escuro como carvão. Se tiver fazendo sol da para ver o meu queixo e metade da boca nitidamente, é um tecido groso, porém leve. Vestida e com o cabelo escondido, vejo o castelo vazio, passo tranquilamente indo para o pátio real. Se perguntando “Por que o castelo esta vasio assim? Será que foram a igreja e não me chamaram? Ou estão fazendo uma missão militar? e os empregados estão vacilando? Não sei mais e uma oportunidade”
Porem antes de sair eu tinha pegado umas almofadas e colocado de baixo da coberta, para quem abrir a porta ver que estou dormindo, e não incomodar. Parada no meio do pátio, percebe que algumas pessoas passam por ela sem desconfiar de nada a cumprimentando normalmente.
“Isso e bom” digo enquanto vou ao estabulo e pego um cavalo branco, e galopando passo pelos soldados onde estão com as portas abertas, saindo sem preocupações de suspeitas. “Sera um dia de confraternização?” penso enquanto galopo em meu cavalo branco.
Chegando no centro da cidade, vejo que a feira esta bem movimentada, e mal da para passar com o cavalo. Por isso ando devagar sem presa, porém com medo de chamar atenção, mais ao olhar para o lado, vejo que mais pessoas usam essa tipo de capa por aqui, devido ser uma região fria. No meio da multidão percebe uma mulher andando apressadamente, para uma área um pouco isolada, e isso me chama atenção “O que ela esta fazendo?” penso enquanto direciono o cavalo para o outro lado com intuito de segui-la.

Ao ver que a moça anda apresada, para fora do centro, olho ao redor vendo casas, e seguindo mais um pouco olhando para traz, percebo estar dentro da floresta. Andando mais um pouco noto que a mulher desaparece “Como um ser humano pode ser mais rápido que um cavalo?, com certeza  ela sabia que estava sendo seguida. Penso em voltar, mais era tarde, minha curiosidade era maior do que meu senso de perigo.
Nesse momento ao fundo o vento traz uma música, isso alimenta ainda mais minha curiosidade. Então galopando com meu cavalo sigo a tal musica, que me leva a um vilarejo, as poucas pessoas que estavam la eram sinistras. Quando cheguei na cidade, notei que eu era a única estranha dali, pois as poucas pessoas que estavam la, pararam o que estavam fazendo e me olharam de modo preconceituoso, então disse “Vim para o festejo” na tentativa de deixar menos tenso o clima. E por incrível que pareça deu certo “Há! Saudações senhorita! Pesávamos que fosse da Realiza, não gostamos daquela gente, venha deixa-me amarar seu cavalo aqui em nossa taverna, e tome uma cerveja conosco antes de subir ao festejo” disse de modo simpático o homem idoso sujo.
Sarah “Obrigada senhor, mais tenho que ir a este festejo, minha irma me espera la” digo para disfarçar.
Idoso sujo “ Irma? Quem é sua irma? De onde vc veio?”
O ignorando apresso meus passos, e indo em direção a música que ficava mais forte. De longe eu via uma fogueira grande, e pessoas dançando sobre a fogueira, parecia um ritual de adoração. Então escondida pelas arvores, tento ouvir o que falam, mais sem sucesso, o som da música e dos batuques eram muito maior do que a voz das pessoas. “Gente estranha” penso. Me aproximo mais, as pessoas ao redor pareciam estar bêbadas, fora de sí, e quem rodava na grande fogueira parecia estar em transe.
Andando distraída e um pouco assustada, olhando para os lados e para cima, vendo toda aquela gente, da passos para traz sem pensar, esbarrando em alguma coisa. Ao se virar “ Desculpe senhora” era uma mulher Negra, cor bem diferente que de fato chamava atenção, devido a maioria serem brancos.
 “Aiiiiiiiii. Ta queeente!!” grita a Mulher negra que cai perto da fogueira. Ela assopra sua mão pois pelo visto queimou em uma das brasas da fogueira.

Preocupada em ser descoberta, discretamente estende a mão para a mulher que se encontra estirada no chão “ Vem! Pegue minha mão”


Observo a mulher me olhar seria, e repara minha altura que por sinal eu era uma das mulheres mais altas do reino, entre elas minha mãe, marcada pela altura e beleza. Vejo que tenta ver meu rosto ainda sentada então falo mais uma vez “ VEM!” ainda com minha mão estendida.
A mulher um pouco desconfiada aceita meu pedido suspirando e dizendo "vai ficar tudo bem, não se preocupe. Você é incrivelmente alta...."

Com medo de ser reconhecida, dou uma leve tossida e tenta modificar a voz, falando pelo nariz “obrigada! O que esta acontecendo aqui? È uma festa?”
Vejo a mulher se limpar o vestido sujo de terra, e escuto dizer “É um festejo. Uma comemoração. Convidamos todos da aldeia. Você não sabia? È nova por aqui?”

Sarah “Na verdade não, minha mã.... Madrasta! Isso! Minha Madrasta se lembrou de dizer isso então vim para ca , mais ela não me falou o motivo do festejo, qual é? Eu? nova ? Eu sou do vilarejo, perto da feira central, nasci aqui, e costumo viajar bastante, foi isso que aconteceu.” Esperando que a mulher acreditasse.
Vejo a mulher sorri e dizer “Aqui é um festival, querida. Espero que sua madrasta tenha vindo também. Vamos pegar uma bebida? Eu também preciso ver isso” me mostrando a queimadura de brasa em sua mão, tudo indica que era para eu segui-la. Isso era bom pois já tínhamos chamado muita atenção com aquele ocorrido.

Enquanto anda, reza a deus em pensamento esperando que o Senhor Deus a compreenda por dizer tantas mentiras. Segue a mulher, que por sinal estava bem preocupada com sua queimadura, ao chegar perto da taverna novamente ainda vê seu cavalo amarrado, e os homens não estão mais la.
Entrando na taverna observa uma moça que parecia ter a mesma idade que a minha, ela era mais baixa, usava uma roupa vulgar, e velha, meio rasgada, mais cobria sua nudez, a contrário da mulher negra que parecia ser mais velha, ela me parecia bem curiosa, pois assim que me viu esticou o pescoço e disse Ei quer ajuda com isso Súria?” ela se aproxima de Súria com intimidade, acredito que são intimas. Observo tudo com meus olhos amarelados.
Vejo Súria sorrir para a moça e mostrar a mão queimada dizendo “ Foi um acidente causado por uma pessoa. Vai ficar tudo bem.Vou fazer um unguento e passar aqui. Mas a minha convidada precisa de companhia. Que tal vc ficar com ela enquanto eu passo o remédio? " ao falar isso a moça de rabo de cavalo e roupas vulgares concorda e diz “tudo bem eu fico aqui com essa...” ela me olha com a boca meia aberta, e me repara de cima a baixo e completa a frase “...mulher grande.”
Então sem graça pergunto o nome de todas e a moça vulgar se apresenta como “Violet”  e a Suria faz uma piada dizendo “ Me chamo a moça queimada!” e sobe as escadas a procura de alguma coisa.
Sorrio com a piada da Súria. E digo para Violet “ Pode me chamar de Maria” menti o nome por defesa, pois não sabia as intenções daquele povo.
Vejo Violet me olhar de modo estranho “ Não me lembro de seu rosto minha querida” diz ela seria e indo até a bancada, pegando um cacho de uvas e comendo um por um me olhando.
Sarah tentando mudar de assunto “Onde está a moça queimada??” Mais não tem resposta.

No entanto passando um curto silencio Violet tema na mesma questão “Não respondeu minha pergunta meu anjo” e a vejo mastigar mais um gomo de uva, me deixando cada vez mais insegura de responder. “Acho que devemos ter uma conversa mais clara depois...” diz ela um pouco estressada.


Então fico calada fingindo não ter ouvido, mais Violet respira fundo mostrando ser uma pessoa que aparentemente controla suas emoções e diz mais uma vez “ O que faz aqui? não lembro de ter visto você por aqui” diz enquanto mastiga mais uma uva.


Escuta a voz da Súria vinda do andar de cima a gritar "consegui o que eu precisava. Estou quase pronta" Então percebendo que Suria ainda estava por perto digo a Violet “ Minha madrasta me disse que tinha um festeijo mais nao sabia de que era então vim ver.”


Observo no rosto de Violet uma de suas sobrancelhas se levantar e dizer “ ah entendi minha flor” Então vejo Suria descer as escadas com a mão enfaixada e escuto Violet dizer claramente “Está melhor? se quiser ajuda com isso depois, tenho outros métodos” Vejo ela piscar os olhos sarcasticamente para Suria, que olha para min um pouco sem graça. Então penso “Que métodos são esse?”
Observo Suria olhando para sua mão e pedindo ajuda para Violet apertar um pouco mais o nó, enquanto vejo Violet apertar Suria diz “Parece que sou uma péssima dançarina” então ela Violet comenta me olhando “ Ah entendi...acidentes acontecem né” Vejo que Violet passa por mim e bate em meu ombro com o seu ombro e diz “Há..desculpe, estou de saída, até mais tarde Suria” Saindo da taverna.

Observo Suria meio que surtar “Ai não! Tenho que voltar para o festival, tenho que servir mais vinho, vai ficar ai? Ou vai voltar??” Então digo “Vou voltar, pois o caminho e longo” Então olho para o sol e fico preocupada pois ele já está se pondo. Então sem mais nem menos sento em meu cavalo branco e me despedindo de Suria, saio daquela vilarejo, no disparo, em direção ao castelo.





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